“Cuando uno escribe, entra en una especie de delirio en el que intenta conseguir un mundo mejor” dizia ainda há pouco tempo em entrevista Claudio Magris. A julgar pelo seu caso, pelos seus livros e artigos, foi delírio frutuoso. O mundo é sem dúvida melhor após o seu Danúbio, após o Café San Marcos do Microcosmos.
Será regra, tomando “um mundo” em sentido lato, que se aplicará também à bloga. Exceptuando os casos em que lidos dois posts já se percebe que um autor tenta conseguir um mundo melhor em sentido estrito – para si e para os seus – conservando este ou piorando-o na medida do possível para o povoléu em geral.
Sete anos de bons «delírios à la magris» leva o Entre as brumas da memória. E desta parte do mundo (latu sensu), se assinala e agradece.
Quando tem o pé em terra é uma alegria para nós, os seus leitores que se deliciam com a elegância da sua escrita e a variedade e bom gosto dos temas que escolhe. Muito bom, mesmo.
Toda a elegância é pouca para com a autora. Se tanta coisa em Portugal envergonha, todo o elogio é pouco para o que nos orgulha – como é o caso do Brumas.