É sabido e apregoado que se deve discutir ideias; não pessoas. E no entanto o fatídico ethos do orador de que já falava o velho Astóteles é inevitável também para o interlocutor…
Se um qualquer mullah barbudo e islamita quiser vir para a televisão portuguesa apregoar o imperativo do uso da burka pelas mulheres, manda o bom-senso que não lhe seja fornecida uma Teresa Guilherme (ou uma Manuela Moura Guedes) por entrevistadora. A presença de qualquer uma delas na pantalha pode ser o We hold these truths to be self-evident da declaração do mullah.
Da mesma forma, se o Estado português contesta os valores dos cavalheiros do Estado Islâmico (que trazem por aceitável a prática de apedrejar ou degolar outros cavalheiros), manda o bom-senso que não se lhes forneça por interlocutor um Rui Machete. Ou um Paulo Portas.