e aproveitando ontem árvores secas para lenha. Neste caso, a floresta de outro. Em terras do reino norueguês.
As minhas, em terra portuguesa, estão ao abandono, e, francamente, tanto me dá. Em muito, porque de cada vez que sou visto em trabalhos manuais por lá me sujeito ao escárnio dos locais.
Provavelmente, ó vós que quereis as florestas limpas, será melhor começar por limpar as mentalidades.
mas olha, não te via assim, pessoa concedendo importância ao escárnio dos ‘locais’, quaisquer que sejam/fossem…
ai!
pois é, não matam mas moem. As nossas aldeias e áreas circundantes, apesar de boas para os soi dissant “banhos de ruralidade” fim-de-semanais da malta citadina (que quase sempre aparece fardada de escalar os Andes e de óculos de sol em dias de nevoeiro – que a mensagem que não são dali fique óbvia ao primeiro olhar), e o contacto com a natureza e essas merdas, mais que infestadas por sub-bosque de tojo e silvas, são infestadas de má-língua e malquerença; o interior, em muito, desertificado por razões de convívio. Mas isso são notícias velhas né?
O problema da limpeza de matas e ordenamento do território não se resolve porque brigar uns com os outros é mais divertido que resolver problemas colectivos. E o parlamento ou os painéis televisivos uma aldeia que veste gravata. Creio até que o termo “colectivo” se usa apenas (e de forma decorativa) nas aulas de sociologia do ISCTE, sendo desconhecido no resto do território…