Não sei já em que poeirento pardieiro de usados na Argentina ou Brasil a encontrei, esta antologia de Hamlet Lima Quintana. O autocolante na contracapa (de El Mundo del Libro, envios postais) sugere que terá sido na Argentina. De qualquer forma, teria trazido sempre a antologia só pela foto do poeta, desconhecido gajo barbudo, sentado junto a uma janela. Podem morrer as religiões, não este delicioso vício que todos partilhamos de olhar o mundo. Não lhe conhecia a obra, nem adivinhava, que hoje ao levantar, ao fazer café de manhã, ao olhar a manhã de sol me lembraria este poema, El Día.
El Día
¿Qué es esta claridad de la ventana?
¿Qué es este juego que me está cantando
Y sin querer decir me está nombrando
Como si fuera mi primera hermana?
Tiene un espejo azul que se desgrana
Un ojo de pirata navegando
Mientras me voy paloma en la mañana.
Sobre este canto nuevo que me sube
Están los enanitos de la brisa
Y una ilusión que cuento porque mía.
Detrás de la ventana viajo en nube
Y cuanto más me voy mas viajo en risa,
Porque estoy inventando un nuevo día.
Não suspeitava sequer que era autor da letra uma das canções imortais; que pode aqui cantada por Mercedes Sosa: Zamba para no morir.
É ainda possível que o gentil leitor (ou a gentila leitora), goste também deste Cuento: